M9 | Picasso, Matisse e Chagall entre as 1500 obras de arte descobertas num apartamento alemão

Trabalhos de Marc Chagall estão entre as obras descobertas

Peças confiscadas durante o regime nazi estavam na posse do filho de um coleccionador de arte daquele período, segundo uma investigação da revista Focus.
As autoridades alemãs descobriram num apartamento de Munique 1500 obras de artistas de renome, num espólio formado durante o período nazi, segundo uma investigação da revista alemã Focus. A publicação diz que as obras valem cerca de mil milhões de euros.

Pelo menos 300 peças fazem parte das que foram consideradas “arte degenerada” durante o regime Nazi, uma classificação para a arte moderna não germânica. O espólio encontrado inclui trabalhos de artistas como Pablo Picasso, Henri Matisse, Marc Chagall, Emil Nolde, Franz Marc, Max Beckmann, Paul Klee, Oskar Kokoschka, Ernst Ludwig Kirchner e Max Liebermann, segundo a Focus.

As obras tinham sido confiscadas durante o regime nazi, sobretudo a coleccionadores judeus. Naquela altura, algumas foram destruídas, outras acabaram vendidas a coleccionadores por preços muito baixos.

A apreensão foi feita em 2011, por acaso, quando as autoridades investigavam, por questões fiscais, um homem que é filho de um negociante de arte das décadas de 1930 e 1940. Com uma suspeita de evasão fiscal, a polícia obteve um mandado para fazer uma busca domiciliária e descobriu o vasto espólio artístico.

As obras eram guardadas em divisões fechadas e, de acordo com a Focus, o homem, um octogenário que a revista descreve como tendo uma vida solitária, vendia ocasionalmente uma obra, vivendo das receitas. Na altura da apreensão, o homem tinha uma pintura do alemão Max Beckmann a ser leiloada por 864 mil euros, numa leiloeira na cidade de Colónia.

Pelo menos 200 das obras descobertas estavam a ser procuradas a nível internacional. A acção das autoridades não foi divulgada publicamente e o espólio tem estado guardado num armazém nos arredores de Munique.