A Op Art e a Arte Cinética | M10



A Op Art, abreviatura de Optical Art ou Arte Óptica, designa uma forma de arte que utiliza a ilusão óptica do movimento, ou seja, o mesmo que cinetismo.
Nela substituiu-se a noção da beleza natural pela da beleza artificial. Este movimento artístico teve como génese os estudos de Joseph Albers e Laszlo Moholy-Nagy, ambos professores da Bauhaus, assim como os construtivistas Naum Gabo e Antoine Pevsner, que utilizaram a plástica dinâmica na escultura.
A Op Art define-se pela expressão do movimento real ou aparente, apresentado segundo diferentes formas e métodos. A sua grande diversidade artística advém-lhe do modo de concepção da obra e respectiva solicitação de leitura. Podemos definir as obras da Op Art em quatro tipologias principais: as que apresentam movimento real, autónomo, produzido por motores e resultante da manipulação do espectador, como no caso das esculturas de Kowalski e dos famosos mobiles de Calder (1898-1976); as que vivem do efeito de jogos de luzes e reflexos luminosos, como nos casos das obras de Le Parc (n. 1928), Nicolas Schöffer (1912-1992), 

Nicolas Schöffer (1912-1992)
Stein, entre outros; as designadas Optical Art, que podem ser baseadas nas reacções fisiológicas da percepção visual com jogos de figura e fundo ou nas perspectivas opostas e de carácter ambíguo, como nas
obras de Victor Vasarely (1908-1997), 

Victor Vasarely (1908-1997)
François Morellet (n. 1926) 
François Morellet
e Bridget Riley (n.1931); 
 Bridget Riley
as que agridem a retina com efeitos ópticos ondulados, pela colocação instável das cores, como nas obras de Agam (n.1928) e Rafael Soto (n. 1923).