Museu Nacional de Arqueologia organiza mostra inédita sobre vasos gregos

Vasos Gregos em Portugal






































O Museu Nacional de Arqueologia (MNA), em Lisboa, inaugura a maior exposição de vasos gregos alguma vez feita em Portugal, uma mostra que dará a conhecer cerâmica com mais de dois mil anos.
A exposição "Vasos gregos em Portugal - Aquém das Colunas de Hércules" é comissariada pela investigadora Maria Helena da Rocha Pereira, de 82 anos, considerada a maior especialista portuguesa em cultura grega e latina.
Ana Isabel Santos, conservadora do MNA, explicou à agência Lusa que Maria Helena da Rocha Pereira, impulsionadora da exposição, será homenageada no âmbito da mostra, com um pequeno núcleo expositivo com uma foto biografia e algumas das cerca de 600 obras que autora publicou.
"O seu trabalho tem uma qualidade extraordinária e conhece como ninguém a cultura clássica", sublinhou a conservadora sobre Maria Helena da rocha Pereira, a primeira mulher a doutorar-se em Portugal.
A exposição, que estará patente até 15 de Julho, reúne cerca de 60 exemplares de cerâmica grega e mais de 50 fragmentos de vasos gregos provenientes de escavações arqueológicas feitas em Portugal.



 

A "mais importante" exposição que o MNA organiza este ano, como descreveu Ana Isabel Santos, estará repartida em três núcleos, um dos quais com 31 peças nunca antes mostradas publicamente da colecção particular de Manuel de Lancastre.
Há ainda cerâmica grega proveniente de colecções de instituições públicas e privadas e do próprio MNA e dezenas de fragmentos recolhidos em escavações arqueológicas em localidades como Castro Marim, Murça, Esposende e Alcácer do Sal.
Do acervo que estará exposto, Ana Isabel Santos destacou um vaso figurativo "de qualidade exemplar" pertencente à colecção da Fundação Calouste Gulbenkian, dominado pelo tema mitológico do rapto das Leucípides.
Cenas quotidianas, práticas desportivas, animais e temas mitológicos são os motivos dominantes nos vasos gregos que estarão expostos e que se enquadram num espaço temporal entre os séculos 4 e 6 antes de Cristo.
A exposição terá a edição de um catálogo com a participação de vários especialistas em cultura clássica.