Vincent Van Gogh | M8
































Vincent Van Gogh
Primeiros anos
Vincent nasceu nos Países Baixos , Vincent era uma criança séria, quieta e introspectiva. Aos 16 anos, por recomendação de seu tio, começou a trabalhar para um comerciante de arte estabelecido na Haia. Quatro anos depois foi transferido para Londres, e depois para Paris. Em 1877 sua família mandou-o para Amsterdam, onde morou com seu tio Jan. Vincent preparou-se para os exames de admissão da Universidade de Teologia, fracassou. Mudou-se então para a Bélgica, e novamente fracassou nos estudos da escola Missionária Protestante. Em 1879, ainda na Bélgica, começou um trabalho temporário como missionário em uma comunidade pobre de mineiros.
Estudos de arte
Em 1880, Vincent partiu para Bruxelas para tomar aulas com Willem Roelofs, que o convenceu a tentar a Academia Royal de Artes. Lá ele estudou um pouco de anatomia e de perspectiva. Em 1881 no final do mesmo ano, Vincent partiria para a Haia.
Em
1883, mudou-se para Nuenen (Holanda) onde se dedicou à pintura. Em 1885, o pai de Van Gogh morreu de enfarte. Neste mesmo ano ele pintou aquela que é considerada a sua primeira grande obra: Os Comedores de Batata. Em Novembro do mesmo ano, muda-se para Antuérpia.
Com pouco dinheiro, ele preferia mandar dinheiro para Theo em Paris, para que este lhe enviasse material de pintura, a comer uma boa refeição. Enquanto estava em Antuérpia, dedicou-se ao estudo das cores e visitou museus, apreciando trabalhos principalmente de
Peter Paul Rubens, e tornou-se um bebedor frequente de absinto. Foi nesta altura que entrou em contacto com a arte japonesa, da qual se tornou fervoroso admirador e que posteriormente o influenciaria pelas cores fortes e uso das linhas.
Em 1886, matriculou-se na Ecole des Beaux-Arts de Antuérpia.
Paris
Em Março de 1886, Van Gogh mudou-se para Paris, onde conheceu Émile Bernard e Henri de Toulouse-Lautrec, entre outros. Através de Theo, conhece Monet, Renoir, Sisley, Pissarro, Degas, Signac e Seurat.
Naquela época, o
impressionismo tomava conta das galerias de arte de Paris, mas Van Gogh tinha problemas em assimilar esse novo conceito de pintura. Vincent e Émile Bernard começaram o uso da técnica do pontilhismo, inspirados em Georges Seurat.
A partir de sua estada em Paris, Van Gogh abandona sua temática sombria e obscura de camponeses e suas obras recebem tons mais claros. São desta época os quadros Mulher sentada no Café du Tambourin, A ponte Grande Jatte sobre o Sena, Quatro Girassóis, os
Retratos de Père Tanguy, entre outros.
Em
1887, conhece Paul Gauguin, e mais para o final do ano expõe em Montmartre. No próximo ano, decide mudar-se de Paris.
Arles
Vincent van Gogh chegou em Arles, no Sul de França, no dia 21 de fevereiro de 1888. A cidade era um local que o impressionava pelas paisagens e onde esperava fundar uma colônia de artistas.
Com objetivo de decorar a sua casa em Arles (conhecida como
A Casa Amarela, retratada em uma de suas obras), Van Gogh pintou a série de quadros com girassóis, dos quais um se tornaria numa de suas obras mais conhecidas. Dos artistas que deixara em Paris, apenas Gauguin respondeu ao convite feito para se instalar em Arles. O Vinhedo Vermelho, único quadro vendido durante a sua vida, foi pintado nesta altura. Ele o vendeu por 400 francos.
Gauguin e Van Gogh partilhavam uma admiração mútua, mas a relação entre ambos estava longe de ser pacífica e as discussões, freqüentes. Para representar as relações abaladas entre os dois, Van Gogh pinta a
A Cadeira de Van Gogh e a A Cadeira de Gauguin, ambas de dezembro de 1888. As duas cadeiras estão vazias, com objetos que representam as diferenças entre os dois pintores. A cadeira de van Gogh é sem braços, simples, com assento de palha; a de Gauguin possui assento estofado e possui braços.
Mediante os diversos conflitos, Gauguin pensa em deixar Arles: "Vincent e eu não podemos simplesmente viver juntos em paz, devido à incompatibilidade de temperamentos", queixou-se ele a Theo. Gauguin sentia-se incomodado com as variações de humor de Vincent pela pressão exercida pelas mesmas.
Em
23 de dezembro de 1888, após a saída de Gauguin para uma caminhada, van Gogh o segue e surpreende-o com uma navalha aberta. Gauguin assusta-se e decide pernoitar numa pensão. Transtornado e com remorso pelo feito, Vincent corta um pedaço de sua orelha direita, que embrulha num lenço e leva-a, como presente, a uma prostituta sua amiga, Rachel. Vincent retorna à sua casa e deita-se para dormir como se nada acontecera. A polícia é avisada e encontra-o sem sentidos e ensanguentado. O artista é encaminhado ao hospital da cidade. Gauguin então manda um telegrama para Theo e volta para Paris, julgando melhor não visitar Vincent no hospital.
Vincent passa 14 dias no hospital, ao final dos quais retorna à casa amarela. Em seu retorno pinta o
Auto-Retrato com a Orelha Cortada. O episódio trágico convenceu van Gogh da impossibilidade de montar uma comunidade de artistas em Arles.
O estilo de pintura acompanhou a mudança psicológica e Van Gogh trocou o pontilhado por pequenas pinceladas.
Quatro semanas após seu retorno do hospital, Van Gogh apresenta sintomas de paranóia e imagina que o querem envenenar. Os cidadãos de Arles, apreensivos, solicitam seu internamento definitivo. Sendo assim, Van Gogh passa a viver no hospital de Arles como paciente e preso.
Rejeitado pelo amigo Gauguin e pela cidade, descartados seus planos da comunidade de artistas, agrava-se a depressão de Van Gogh.
Saint-Rémy
Em 1889, aos 36 anos, pediu para ser internado no hospital psiquiátrico na Provença. A região do asilo possuía muitas searas de trigo, vinhas e olivais, que se transformaram na principal fonte de inspiração para os quadros seguintes, que marcaram nova mudança de estilo: as pequenas pinceladas evoluíram para curvas espiraladas.
Auvers
Em Maio de
1890, Vincent deixou a clínica e mudou-se de novo para perto de Paris Em Auvers Van Gogh produz cerca de oitenta pinturas.
Entretanto, a depressão agravou-se, e a
27 de Julho de 1890, depois de semanas de intensa actividade criativa (nesta época Van Gogh pinta, em média, um quadro por dia), Van Gogh dirige-se ao campo onde disparou um tiro contra o peito. Arrastou-se de volta à pensão onde se instalara e onde morreu dois dias depois, nos braços de Theo. As suas últimas palavras, dirigidas a Theo, teriam sido: "La tristesse durera toujours" (em francês, "A tristeza durará para sempre").
A doença
Na ocasião, o diagnóstico de Van Gogh mencionava perturbações epilépticas,
Consta que na família de Van Gogh existiram outros casos de transtorno mental: Théo sofreu depressão e ansiedade e faleceu de "demência paralítica" (neurossífilis), no Instituto Médico para Doentes Mentais em Utrecht. Wilhelmina era esquizofrênica e viveu durante 40 anos neste mesmo instituto e Cornelius cometeu suicídio aos 33 anos de idade.