A Cultura do Salão | M7

Nas mansões da aristocracia ou da burguesia, o salão passou a ser o centro da vida social, dependência nobre, de amplas dimensões, faustosamente decorado e mobilado. Aí se reunia a família após as refeições e tarefas do dia; ai se recebiam as visitas mais solenes; e ai também se faziam reuniões mais alargadas por ocasião de alguma festividade, banquete, baile ou outra efeméride. O crescente interesse das elites pelas coisas do espírito tornou usuais as reuniões elegantes, realizadas na privacidade dos palácios, que tinham como atracção principal a apresentação de personalidades em voga: músicos, cantores de ópera, escritores, filósofos e cientistas.
Assim, estes espaços privados e íntimos tornaram-se os centros da vida social, cultural e artística, exercendo acção importante na divulgação das novidades intelectuais e políticas, foi ai, que as ideias iluministas, aquelas que mais tarde conduziram à Revolução Francesa, conheceram os seus primeiros passos.