MANIFESTO DADAÍSTA DE TRISTAN TZARA | M9


“Dada não fala, Dada não tem ideias fixas, Dada não apanha-moscas (…)
Dada faz mais vítimas num ano que a mais sangrenta das batalhas.
Dada existiu sempre. A Santa Virgem já era dadaísta.”
Dada nunca tem razão.”
Os verdadeiros Dada são contra Dada.”
MANIFESTO FUTURISTA
Em 1909, enquanto o cubismo se desenvolvia em França, o poeta italiano Filippo Marinetti proclamava a partir de Milão, o nascimento de uma nova estética: o futurismo.
O Manifesto de Marinetti, verdadeiro hino à vida moderna, rejeita o passado (passadismo) e glorifica o futuro (daí a denominação de futurismo) que antevê prodigioso graças ao regresso da técnica. A máquina, conquista e emblema do mundo moderno, assume o lugar central de ídolo dos futuristas e, com ela, a velocidade, a que devotam um verdadeiro culto. Nas suas palavras podiam ler o seguinte:
Nós queremos cantar o amor, o perigo, o hábito da energia e da temeridade, (…).
Nós afirmamos que o esplendor do mundo se enriqueceu com uma beleza nova – a beleza da velocidade. Um automóvel, com o seu corpo ornado de tubos semelhantes a serpentes explosivas, um automóvel rugindo, que parece correr sobre a estrada, é mais belo que a Vitória de Samotrácia. (estátua grega da Antiguidade Clássica) (…).
Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de toda a natureza e combater o moralismo; o feminismo e toda a vileza oportunista e utilitária.
Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as vagas multicolores e polifónicas das revoluções nas capitais modernas; (…) cantaremos o vibrante fervor nocturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas lutas eléctricas; (…) as fábricas penduradas nas nuvens pelos fios contorcidos de fumo; as pontes semelhantes a ginastas gigantes
que cavalgam os rios(…) as locomotivas de largo peito (…) o voo rasante dos aviões cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta.
Filippo Tommaso Marinetti, Manifesto do Futurismo, 1909